quarta-feira, 26 de março de 2008

Astrologia Babilônica

Astrologia Babilônica

A astrologia Babilônica era parte do culto religioso oficial.
Os astrólogos babilónicos eram também sacerdotes religiosos;
tinham a seu cargo por isso não só a função litúrgica e de devoção,
como também a missão de interpretar a vontade, intenções e mensagens
dos espíritos celestes, (deuses); pois uma das formas de realização
dessa tarefa de comunicação com os espíritos, era feita através da astrologia.

A astrologia babilônica foi sistematizada há cerca de 2.000 anos A.C.
Os mais importantes escritos sobre astrologia na babilônia datam
do Sec XVI A.C.; uma das mais importantes obras astrológicas
encontra-se registada em 70 placas, sendo que a obra de astrologia
e horóscopos se chama « Enuma Anu Enlil».

A astrologia babilônica funcionava tanto através de um sistema de sinais
e presságios que indicavam a futura realização de um certo tipo de eventos,
assim como, também, consistia num estudo dos corpos celestes
e da influencia que a sua disposição exercia sobre certos eventos
tantos pessoais como sociais.

A astrologia e religião babilônica professava a sua crença esotérica
na concretização de duas praticas espirituais:

Um processo necromântico
Um processo astrológico – espiritual

Através do processo necromântico, os sacerdotes encontravam
em contacto com o mundo dos espíritos através do sacrifício de animais.
Acreditavam os babilônicos, (bem como a maioria das civilizações
da antiguidade), que certos espíritos, (deuses),
se identificavam com certos animais que lhes eram agradáveis
ou traduziam muito da sua própria essência neste mundo;
ora, o animal com o qual um certo deus se identificava
era-lhe sacrificado; se o espírito aceitasse o sacrifício daquele animal,
então aceitaria junto de si a alma do animal sacrificado,
e falaria manifestando-se no corpo do mesmo, uma vez que o corpo
não passa de um receptáculo para uma alma.
Assim o espírito celestial faria revelar as suas mensagens no corpo
do animal com o qual entrou em contacto, da mesma forma que também
podia fazer inscrever os seus pensamentos ou vontades
divinas nos corpos celestes.

Assim se chega ao processo astrológico:

Na astrologia babilônica, professava-se que os corpos celestes
podiam permitir conhecer não só a dinâmica do mundo visível e físico,
(auxiliando na previsão da mudança das estações, e logo nas colheitas,
nos fenómenos atmosféricos,etc), como também podiam permitir conhecer
a dinâmica do mundo invisível ou espiritual, assim como a influencia
desse sobre o nosso mundo e as nossas vidas.

A astrologia babilônica reconhecia 5 planetas:
Júpiter, Vénus, Saturno, Mercúrio e Marte.

Cada um destes planetas eram considerados como representações
de 5 espíritos celestiais ou deuses, pelo que seria possível
pela sua observação, calcular as dinâmicas, mensagens e influencia
desses mesmos espíritos ou forças espirituais nas nossas vidas ou no nosso mundo.

Sublinhe-se que os corpos celestes não eram vistos nem entendidos
como «deuses», ao contrário do que comummente se diz.
Os corpos celestes eram antes entendidos como representações
simbólicas de forças espirituais celestiais, que se podiam manifestar
através da natureza, nomeadamente dos planetas.
Os astrólogos e magos da antiguidade não eram por isso um grupo
de ignorantes supersticiosos, (ao contrario: eram reconhecidamente
brilhantes astrónomos e matemáticos), e não confundiam o que é um espírito,
como o que é um corpo celeste, ao contrário do que normalmente se afirma.

Na astrologia babilônica, os 5 planetas de reconhecida influencia sobre
o nosso mundo, correspondiam aos seguintes espíritos celestes, ou deuses:

Júpiter/Nibiru – Maduk; deus dos deuses, dominador da magia branca.

Vénus – Ishtar; deusa da fertilidade, amor, das conquistas e das vitorias.

Saturno – Ninib; deus da agricultura e das curas
mas também o «vento do sul»: o ciúme e a ira.

Mercúrio – Nabu; deus da sabedoria e da escrita.

Marte – Nergal; deus da guerra, destruição, pestilência,
senhor do fogo e dos desertos.

Também o Sol e a lua correspondiam a 2 divindades:
Sol- Shamash, o deus Sol e da justiça.

Lua- Sin, a deusa lunar, senhora da astrologia e da magia.

A «santa trindade» na religião babilônica era representada por Shamash,
Sin e Ishtar
, representando este o sol, a lua e a terra.

Era a atividades destes 7 corpos celestes e as suas relações entre si,
que permitam entender a influência que as 7 entidades espirituais
e celestes exerceriam sobre o nosso mundo físico.

Os babilônicos foram os primeiros a criar um calendário semanal,
(fundamentado no Sol), e a dar nomes aos dias da semana,
o que veio a indelevelmente influenciar a cultura da humanidade
até aos nossos dias.

Domingo- dia do Sol
Segunda feira- dia da Lua
Terça feira- dia de Marte
Quarta feira – dia de Mercúrio
Quinta feira – dia de Júpiter
Sexta feira – dia de Vénus
Sábado – dia de Saturno

Ainda hoje em dia, a definição dos dias das semanas criada pela
astrologia e astrólogos babilônicos, perdura nos nossos dias.

Ainda hoje, a astrologia e esoterismo encontram nestas fontes,
os meios de contato com entidades espirituais.

A astrologia babilônica era uma astrologia de profundo sentido
religioso, espiritual e necromântico, ao contrário do conceito
da astrologia ocidental, tal como hoje é entendida.

Tratava-se de uma pratica astrológica relacionada com as forças
espirituais que influenciam a nossa existência,
ao contrário da astrologia ocidental, mais fundamentada
que é nas escolas astronómicas racionalistas.

(texto integral aqui)

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